quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Novembro Azul: Um Mês de Conscientização sobre a Saúde do Homem

 



O Novembro Azul é uma campanha anual de conscientização voltada para a saúde do homem, especialmente sobre o câncer de próstata, mas que também aborda diversas questões relacionadas ao bem-estar masculino, como doenças cardiovasculares, diabetes, saúde mental e hábitos de vida saudáveis.

 

A Origem do Novembro Azul

 O Novembro Azul teve início na Austrália, em 2003, com o movimento conhecido como "Movember", que incentivava os homens a deixarem o bigode crescer como forma de chamar atenção para questões relacionadas à saúde masculina. Com o tempo, o movimento se espalhou para outros países e, no Brasil, ganhou força em 2011, com o foco principal no câncer de próstata, que é um dos mais comuns entre os homens.

 

 Câncer de Próstata: A Maior Preocupação

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Ele afeta uma glândula localizada abaixo da bexiga, que faz parte do sistema reprodutor masculino. A boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata tem altas taxas de cura.

 

Fatores de risco para o câncer de próstata:

- Idade: O risco aumenta a partir dos 50 anos, sendo mais comum em homens com mais de 65 anos.

- Histórico familiar: Homens com parentes de primeiro grau (pai, irmão) diagnosticados com câncer de próstata têm mais chances de desenvolver a doença.

- Raça: Homens negros possuem maior propensão ao desenvolvimento de câncer de próstata, com uma evolução mais agressiva.

- Alimentação e sedentarismo: Há evidências de que uma dieta rica em gorduras saturadas e um estilo de vida sedentário possam contribuir para o desenvolvimento do câncer.

 

 Prevenção e Diagnóstico Precoce

O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento do câncer de próstata. Os principais métodos utilizados para detectar a doença são:

 - Exame de toque retal: Embora muitas vezes seja motivo de receio, o exame de toque retal permite que o médico identifique alterações na próstata, como nódulos ou endurecimentos.

- Exame de PSA (Antígeno Prostático Específico): O PSA é uma proteína produzida pela próstata e, em níveis elevados, pode indicar a presença de câncer. No entanto, o PSA elevado pode estar relacionado a outras condições benignas, como a hiperplasia prostática benigna ou infecções.

 

 A Importância da Conscientização

 Muitos homens ainda têm resistência a realizar exames de rotina, por questões culturais, tabus e até mesmo medo do diagnóstico. O novembro Azul busca mudar essa realidade, incentivando os homens a cuidarem de sua saúde de forma preventiva, realizando exames regulares e buscando orientação médica sempre que necessário.

 

 Saúde Integral do Homem

 Embora o câncer de próstata seja o foco principal, o Novembro Azul também é um momento para discutir a saúde integral do homem, incluindo:

 1. Saúde Mental: A depressão e o suicídio são problemas sérios entre os homens, mas muitas vezes eles não buscam ajuda devido ao estigma em torno da fragilidade emocional. A campanha também serve para quebrar esse tabu, incentivando os homens a falarem sobre suas emoções e procurarem apoio psicológico quando necessário.

 2. Doenças Cardiovasculares: O coração é uma das principais preocupações na saúde masculina, especialmente devido ao risco de infartos e outras doenças do coração, relacionadas a fatores como tabagismo, sedentarismo, hipertensão e colesterol alto.

 3. Prevenção de Acidentes e Violência: Estatísticas mostram que os homens estão mais expostos a acidentes de trânsito e violência, o que implica a importância de educá-los sobre comportamentos seguros e de cuidado.

 

 Mudando a Cultura

 O Novembro Azul não é apenas sobre a prevenção de doenças, mas também sobre mudar a cultura que envolve a saúde do homem. Por muito tempo, a sociedade e a mídia focaram muito mais na saúde das mulheres, enquanto a saúde masculina ficou em segundo plano. Essa campanha visa corrigir essa desigualdade e estimular os homens a adotarem um comportamento mais saudável, sem tabus.

 

 Dicas para uma Vida Saudável

 Além de realizar os exames de rotina, algumas atitudes podem ajudar os homens a manter uma vida mais saudável e prevenir doenças:

 - Manter uma alimentação equilibrada: Consuma mais frutas, vegetais, fibras e evite alimentos processados e ricos em gordura saturada.

- Exercícios físicos: A prática regular de atividades físicas, como caminhada, corrida ou musculação, ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, melhora a saúde mental e contribui para o controle do peso.

- Evitar o consumo excessivo de álcool e o tabagismo: Essas duas práticas estão diretamente associadas ao aumento do risco de várias doenças, incluindo câncer.

- Controle do estresse e saúde mental: Procure momentos de lazer e descontração, e se necessário, procure apoio psicológico para lidar com os desafios emocionais.

- Visitas regulares ao médico: Consultas regulares com um médico de confiança são essenciais para a detecção precoce de doenças e para o acompanhamento da saúde geral.

 

Finalmente, o novembro Azul é um mês importante para refletirmos sobre a saúde dos homens e para quebrarmos barreiras que dificultam o cuidado preventivo. Através de campanhas de conscientização e da mudança de atitudes culturais, podemos reduzir os índices de doenças e promover uma vida mais saudável, com maior qualidade e longevidade. A saúde do homem precisa ser uma prioridade durante todo o ano, e não apenas no mês de novembro.

 Se você é homem, aproveite este mês para se cuidar. Se você é mulher, incentive os homens de sua vida a se preocuparem com sua saúde e a se consultarem regularmente com um médico. Juntos, podemos salvar vidas!

 








Fontes:

- Instituto Nacional de Câncer (INCA). "Câncer de próstata". Disponível em: [https://www.inca.gov.br](https://www.inca.gov.br)

- Ministério da Saúde. "Novembro Azul: Saúde do homem". Disponível em: [https://www.gov.br/saúde](https://www.gov.br/saúde)

- Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). "Câncer de próstata". Disponível em: [https://www.sbu.org.br](https://www.sbu.org.br)

 


Zeli Rodrigues - Assistente Social

Núcleo de Saúde e Programas Assistenciais

Tribunal Regional do Trabalho 24ª região


quinta-feira, 10 de outubro de 2024

OUTUBRO ROSA - MÊS DA CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O CÂNCER DE MAMA

 


Outubro é reconhecido mundialmente há muitos anos como o Mês da Conscientização sobre o Câncer de Mama. Nesse período especial, abordamos temas relacionados à prevenção, diagnóstico e tratamento moderno do câncer de mama.


O Setor de Qualidade de Vida do TRT 24ª região, se une a essa causa nobre com o compromisso de contribuir para a saúde e o bem-estar das mulheres do Tribunal. Entendemos que a prevenção é a chave para combater o câncer de mama, e é por isso que estamos empenhados em oferecer suporte, informação e serviços de saúde que podem fazer a diferença na vida das mulheres.


MÊS DA CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O CÂNCER DE MAMA

O câncer de mama é o câncer mais comum em mulheres no mundo (25%) e a causa mais comum de morte (14%), e as pacientes com câncer de mama representam 36% das mulheres que vivem com câncer. Estima-se que cerca de 1,7 milhões de mulheres são diagnosticadas com câncer de mama a cada ano. É uma doença heterogênea com diferentes subtipos.

A região geográfica é um fator que modifica significativamente o risco de câncer de mama. Na Polônia, o câncer de mama no século passado tornou-se uma das maiores ameaças à mortalidade prematura entre as mulheres. Homens também podem ter câncer de mama. Estima-se que um em cada 100.000 casos de câncer de mama maligno seja masculino.


O QUE CAUSA CÂNCER DE MAMA?

Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença são complexos, mas fatores relacionados ao estado hormonal da mulher (fatores reprodutivos, idade da puberdade e menopausa, uso de preparações hormonais) parecem ter um impacto fundamental. A incidência de câncer de mama aumenta com a idade. Entre as mulheres com menos de 45 anos, o câncer é raro e a maioria dos casos ocorre em mulheres com mais de 50 anos correspondendo a aproximadamente 80% dos pacientes.


PREVENÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DO CÂNCER DE MAMA

Estima-se que, limitando ou eliminando os fatores de risco conhecidos e usando as recomendações, até metade de todos os casos de câncer podem ser evitados.

As causas do câncer de mama nem sempre são claras, por isso é importante prevenir usando as recomendações dos especialistas da área.


OUTUBRO ROSA = PREVENÇÃO

O Outubro Rosa é uma campanha de conscientização para ajudar na prevenção do câncer de mama, porém os mesmos procedimentos são de extrema importância para outras condições em mulheres como por exemplo, o câncer do colo do útero.

No entanto, se estiver pensando em realizar os exames, coloque em sua consciência que existem procedimentos com a mesma efetividade para problemas no útero.

EXAMES PREVENTIVOS


Autoexame

O autoexame não é mais indicado como método exclusivo de detecção do câncer de mama. Quando você confia apenas na palpação do seio, você pode atrasar a identificação do tumor, retardando o tratamento e reduzindo as chances de cura.


Mamografia

A mamografia é o principal exame de rastreamento do câncer de mama, ele permite a visualização interna das mamas. O câncer de mama em estágio inicial geralmente assume a forma de microcalcificações, que na radiografia assumem a forma de áreas brancas, assim como os ossos, porque transmitem muito menos radiação. Quando o câncer está em fase inicial, é muito difícil ser detectado apenas pelo autoexame, por isso a importância de sempre realizar a mamografia.


Ultrassonografia


A ultrassonografia mamária realizada regularmente permite detectar tumores em um estágio inicial, o que afeta significativamente a eficácia do tratamento. Este método também é usado durante o tratamento - para avaliar seu progresso. A ultrassonografia mamária também é realizada quando há suspeita de abscesso mamário, cisto mamário em mulheres lactantes, após lesões mamárias - para detectar um hematoma e avaliar danos, ou antes e depois da cirurgia de correção mamária.


Tratamento


Na oncologia moderna, o chamado tratamento combinado multidisciplinar, que inclui métodos de tratamento local (cirurgia e irradiação) e tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia hormonal, terapia alvo molecular, imunoterapia). A escolha de uma estratégia de tratamento adequada depende de muitos fatores prognósticos e preditivos. Os mais importantes são: estágio clínico, subtipo biológico e os resultados de testes moleculares.

A cirurgia continua sendo o método básico de tratamento do câncer de mama. A cirurgia do câncer de mama inclui procedimentos diagnósticos, terapêuticos e reconstrutivos. Após o tratamento cirúrgico, é possível utilizar tratamento adjuvante (radioterapia, tratamento sistêmico). Em comparação com outros tipos de câncer, o câncer de mama tem uma alta taxa de cura. Pessoas com câncer em estágio inicial têm mais chances de serem curadas.


Fatores de risco

Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.


Fatores Comportamentais/Ambientais:

 Obesidade e sobrepeso, após a menopausa;

Fatores da vida reprodutiva/hormonais:

 Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos;

Fatores Hereditários/Genéticos:

Histórico familiar de câncer de ovário, de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos e caso de câncer de mama em homem;

Mulheres com esses fatores genéticos têm risco elevado para câncer de mama. Entre os homens esse tipo de câncer ocorre, porém é raro, representando cerca de 1% do total de casos da doença.


Prevenção:

Além de controlar os fatores de risco comportamentais, todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Olhar, palpar e sentir as mamas no dia a dia ajuda a reconhecer suas variações naturais e a identificar alterações suspeitas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.

Manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas ajudam a reduzir o risco de câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.


Fontes: Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de apoio à saúde da mama- ( FEMAMA)

Instituto Nacional de Câncer- (INCA)


VENHA PARTICIPAR DA NOSSA CAMPANHA!

A unidade móvel  de Prevenção ao Câncer de Mama do Hospital do Amor de Campo Grande MS, estará no estacionamento externo do TRT 24ª região, no dia 16/10/2024 a partir das 7h  às 17h realizando, exames de Mamografias  para mulheres  acima de 40 anos, e Preventivos acima de 25 anos de idade.  









As vagas são limitadas, as participantes deverão apresentar os documentos no  dia do exame. 

Aproveite nossa campanha, realize seus exames, receba dicas fundamentais para sua saúde.


Agendamento para exame de Mamografia ou Preventivo no dia 16/10 no TRT 24

 

·                                

·    Zeli Rodrigues - Assistente Social 

Núcleo de Saúde e Programas Assistenciais
Tribunal Regional do Trabalho 24ª região
3316-1806 / 67 99117-9760

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Campanha Setembro Amarelo alerta população para prevenção contra o suicídio

             Mês da valorização da vida -  Se precisar, peça ajuda!

 

Em 2013, Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP(Associação Brasileira de Psiquiatria), deu notoriedade e colocou no calendário nacional a campanha internacional Setembro Amarelo®. E, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM divulgam e conquistam parceiros no Brasil inteiro com essa linda campanha. 

O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo® é a maior campanha anti estigma do mundo! Em 2024, o lema é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.

 

O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde - OMS em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 01 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. 

 

Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS. Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade. 

 

Setembro Amarelo® 2024: se precisar, peça ajuda!

Todos nós devemos atuar ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio, tema que ainda é visto como tabu. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha.

 

Quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se muito restritivos, ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema. Essas pessoas pensam rigidamente pela distorção que o sofrimento emocional impõe. 

 

Se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave. É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está pensando em se matar e a ajude, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos, mostrar que está disponível para ajudar e demonstrar empatia, mas principalmente levando-a ao médico psiquiatra, que vai saber como manejar a situação e salvar esse paciente.


 

Dados sobre suicídio

O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e homicídios. 


Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades. 

Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.


As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).


Em países da Europa, houve um declínio nas taxas de suicídio e observou-se um aumento dessas taxas em países do Leste Asiático, América Central e América do Sul.


Embora alguns países tenham colocado a prevenção do suicídio no topo de suas agendas, muitos permanecem não comprometidos. Atualmente, apenas 38 países são conhecidos por terem uma estratégia nacional de prevenção do suicídio.

 

Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria













Zeli Rodrigues - Assistente Social
Setor de Qualidade de Vida
Núcleo de Saúde e Programas Assistenciais
Telefone: 3316-1705



quarta-feira, 14 de agosto de 2024

AGOSTO DOURADO

   

 A cor dourada foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera o leite materno um “alimento de ouro”. No Brasil a campanha de Agosto Dourado é instituída pela Lei Federal n°13.345 de 12 de abril de 2017.  

Entenda a importância do leite materno:

A amamentação é importante para o desenvolvimento do bebê e para sua relação com ele. Todo leite materno é forte, nutritivo e protege contra várias doenças. O colostro é o primeiro leite, tem cor amarelada e é ideal para proteger o bebê nos primeiros dias.

O leite materno é um alimento completo e é recomendado para as crianças até os 2 anos de idade ou mais. Até os 6 meses de idade, deve ser o único alimento, ou seja, seu bebê não precisa de sucos, chás, água, alimento ou outro tipo de leite. O uso desses alimentos antes dos 6 meses pode atrapalhar o aleitamento materno e aumentar o risco do bebê ficar doente.

E existem algumas vantagens da amamentação para a mãe, como: reduzir o risco de hemorragia e anemia no pós-parto, aumenta o contato com o bebê, reduz o risco de câncer de mama, ajuda o útero a voltar ao tamanho normal mais rápido e ajuda na redução mais rápida do peso.  

Algumas dicas para as mamães: Quanto mais o bebê mamar, mais leite você terá; não estipule horário ou tempo certo para cada mamada; seu bebê sabe quando e quanto necessita mamar; deixe o bebê mamar até esvaziar uma mama, antes de passar para outra; deve amamentar o bebê sempre que ele quiser.

Alguns cuidados com a mama durante a amamentação: Pega correta; massagens e retirada do leite para evitar o empedramento;  A umidade deixa a pele mais frágil então evite o uso de sutiã; usar os protetores específicos (conchas) para deixar a roupa da mãe seca; higienização da área das mamas no banho; No caso de excesso de leite busque alívio em compressas frias ou geladas; ao término da mamada nunca puxe o peito para interromper a mamada, coloque seu dedo mínimo entre o bico e a boquinha do bebê para retirar o vácuo; Contra rachaduras e fissuras, passe o próprio leite no bico e na aréola após cada mamada e deixe os seios secarem livremente.



Fontes: Caderneta da gestante e Ministério da Saúde




Maria Eduarda – Estagiária de enfermagem

Setor de Qualidade de Vida

Núcleo de Saúde e Programas Assistenciais

Telefone: 3316-1806






sexta-feira, 26 de julho de 2024

“Julho Amarelo": Mês de luta contra as hepatites virais

 




Entenda a importância da prevenção e controle das hepatites virais


A campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais.

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

Nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No caso específico das hepatites virais, que são o objeto da campanha Julho Amarelo, estas são inflamações causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E.





– Hepatite A: tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e se cura sozinha. Existe vacina.

– Hepatite B: é o segundo tipo com maior incidência; atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina, associada ao uso do preservativo.

– Hepatite C: tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado.  A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte. Não tem vacina.

– Hepatite D: causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.

– Hepatite E: causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que forem infectadas podem apresentar formas mais graves da doença.

 

Formas de contágio:

As hepatites virais podem ser transmitidas pelo contágio fecal-oral, especialmente em locais com condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos; pela relação sexual desprotegida; pelo contato com sangue contaminado, através do compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos perfuro-cortantes; da mãe para o filho durante a gravidez (transmissão vertical), e por meio de transfusão de sangue ou hemoderivados.

O contágio via transfusão de sangue já foi muito comum no passado, mas, atualmente é considerado raro, tendo em vista o maior controle e a melhoria das tecnologias de triagem de doadores, além da utilização de sistemas de controle de qualidade mais eficientes.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para todos os tipos de hepatite, independentemente do grau de lesão do fígado.

A falta do conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso, a recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste, gratuitamente, em qualquer posto de saúde e, em caso de resultado positivo, façam o tratamento que está disponível na rede pública de saúde.


Prevenção da hepatite A:

  • A vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura e é a principal medida de prevenção;
  •  Lavar as mãos com frequência, especialmente após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos;
  •  Utilizar água tratada, clorada ou fervida, para lavar os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Usar instalações sanitárias;
  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão, utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienizar as mãos, genitália, períneo e região anal, antes e após as relações sexuais.

Prevenção da hepatite B:

  • A vacina é a principal medida de prevenção contra a hepatite B, sendo extremamente eficaz e segura;
  •  Usar preservativo em todas as relações sexuais; não compartilhar objetos de uso pessoal, tais como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.
  • A testagem das mulheres grávidas ou com intenção de engravidar também é fundamental para prevenir a transmissão de mãe para o bebê. A profilaxia para a criança após o nascimento reduz drasticamente o risco de transmissão vertical.

Prevenção da hepatite C:

  • Não existe vacina contra a hepatite C. Para evitar a infecção é importante: Não compartilhar com outras pessoas qualquer objeto que possa ter entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, alicates, escova de dente, etc);
  •  Usar preservativo nas relações sexuais; não compartilhar quaisquer objetos utilizados para o uso de drogas; toda mulher grávida precisa fazer no pré-natal os exames para detectar as hepatites B e C, HIV e sífilis.
  •  Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas. O tratamento da hepatite C não está indicado para gestantes, mas após o parto a mulher deverá ser tratada.

Prevenção da hepatite D:

A hepatite D ocorre em pacientes infectados com o tipo B, portanto, a vacina contra a hepatite B, protege contra o tipo D, também.


Prevenção da hepatite E:

A melhor forma de evitar a doença é melhorando as condições de saneamento básico e de higiene, tais como as medidas para prevenir a hepatite do tipo A.




Fontes:

Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis / Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos / Agência de Vigilância Sanitária 




Zeli Rodrigues - Assistente Social

Setor de Qualidade de Vida
Núcleo de Saúde e Programas Assistenciais
Telefone: 3316-1705/ 99117-9760