Criado
em 2007 pela ONU e instituído no Brasil pela Lei 13.652/2018 o Dia
Mundial e o Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo são celebrados
em 2 de abril.
O
objetivo da data é promover conhecimento sobre o espectro autista, bem
como sobre as necessidades e os direitos das pessoas autistas.
O
autismo é uma condição relacionada ao desenvolvimento do cérebro e afeta aspectos
da comunicação, linguagem, comportamento e interação social.
Dada
a larga variação de características e os diferentes graus de necessidade de
suporte, o autismo foi classificado como um espectro em 2013, pela
American Psychiatric Association – Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais - 5ª edição.
Atualmente o autismo
é classificado em três níveis, que variam de acordo com a necessidade de
suporte:
• Autismo nível 1 – pouca necessidade de suporte
• Autismo nível 2 – necessidade de suporte moderada
• Autismo nível 3 – muita necessidade de suporte
Os
suportes terapêuticos podem promover mais autonomia e qualidade de vida à
pessoa autista e devem ser realizados por equipes multidisciplinares,
integradas por médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas,
terapeutas ocupacionais e educadores físicos.
Pais
e cuidadores também precisam receber orientações adequadas e os ambientes
devem ser acessíveis, inclusivos e acolhedores da pessoa autista.
Os
transtornos do espectro autista (TEAs) aparecem na infância e tendem a
persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se
manifestam nos primeiros 5 anos de vida. As pessoas afetadas pelos TEAs
frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia
muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com
altas habilidades cognitivas.
Embora
algumas pessoas com TEAs possam viver de forma independente, existem outras com
deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas
vidas. As intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia
comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as
dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo
no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores. As
intervenções voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes
e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam
acessíveis, inclusivos e acolhedores.
Sintomas:
De
acordo com o quadro clínico, os sintomas podem ser divididos em 3 grupos:
ü Ausência
completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar,
incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
ü O
paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas
nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de
comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem
comprometimento da compreensão;
ü Domínio
da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de
interação social que permite levar a vida próxima do normal.
Tratamento:
O
autismo é um transtorno crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que
devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe
multidisciplinar. Envolve a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos,
pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além
da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores. É altamente recomendado
que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção
personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual a outra.
Fontes:
Associação de Amigos do Autista
Blog
da Saúde do Ministério da Saúde