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A campanha
de cor laranja é dedicada à atenção para a esclerose múltipla (EM), doença que
atinge cerca de 35 mil pacientes apenas no Brasil e que pode inclusive afetar a
visão do paciente, conforme já abordamos aqui mesmo no blog do HOSC.
De forma
resumida, um dos problemas causados pela EM é conhecido como a neurite óptica,
considerada passageira e que tem como principais sintomas a perda do
entendimento de algumas cores, a presença de visão embaçada, dor nos olhos e
perda de parte da visão periférica (como se houvesse uma espécie de vinheta
fotográfica ao redor das imagens).
Apesar de
comum, a neurite óptica pode reaparecer em diferentes momentos da vida de uma
pessoa que sofre com a doença, e felizmente pode desaparecer no período de
algumas semanas.
Além disso,
dentre os sintomas mais frequentes da esclerose múltipla estão: a presença de
visão dupla ou turva (presentes também na neurite óptica), formigamentos
espalhados pelo corpo, espasmos musculares, fraqueza, fadiga e até mesmo falta
de equilíbrio para se locomover.
ESCLEROSE MULTIPLA
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Esclerose
múltipla (EM) é uma doença crônica, autoimune, desmielinizante, inflamatória,
que afeta o sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal).
Isso significa
que o nosso sistema imunológico, responsável por combater agentes externos como
vírus e bactérias, ataca a bainha de mielina dos neurônios (por isso
desmielinizante). Essa bainha de mielina funciona como a capa de um fio
elétrico (um condutor, mas também age na manutenção do neurônio) que, quando
perdida, acaba gerando dano na função do neurônio.
A EM causa
um processo inflamatório, que atinge diversas partes do sistema nervoso
central, ocasionando sintomas diversos, dependendo da área acometida. É uma
doença que, quando não tratada, tem como características principais a
disseminação no tempo, ou seja, a pessoa apresenta sintomas de piora em
diferentes momentos da vida, como ondas; e disseminação no espaço, apresenta
inflamações atingindo diferentes áreas do cérebro e medula espinhal (sistema
nervoso central). O curso clínico é, na grande maioria das vezes, caracterizado
por períodos de crises (os chamados surtos) seguido por períodos de
remissão/recuperação.
A condição
atinge geralmente pessoas jovens entre 20 e 40 anos de idade, sendo mais
predominante em mulheres.
A EM têm
duas formas clínicas inicias de apresentação. A forma clínica
remitente-recorrente (EMRR) é a forma mais frequente, correspondendo a cerca de
85% dos casos. Nessa forma, a pessoa apresenta um surto (sintoma neurológico
novo) que pode se manifestar por algum período de tempo, apresentando melhora
completa ou parcial, seguido por um período de remissão em que a paciente não
apresenta novos sintomas.
Na forma
primariamente progressiva (EMPP) ocorre acúmulo de incapacidade lenta e
contínua desde o início dos sintomas. Essa forma acomete até 15 % dos
pacientes. Atualmente a forma progressiva pode ser classificada como
progressiva com sinais de atividade inflamatória, ou inativa, sem sinais de
atividade inflamatória. Muitas pessoas, que iniciam o quadro como forma
remitente-recorrente podem apresentar, após cerca de 15 anos de surtos e
remissão, uma evolução, com sinais persistentes e progressivos de disfunção do
sistema nervoso central (SNC), indicando o início da forma secundariamente
progressiva (EMSP).
QUAIS SÃO
AS CAUSAS?
A causa da
doença ainda não está totalmente conhecida, porém, sabe-se que múltiplos
fatores ambientais e genéticos estão associados a fisiopatologia da doença, ou
seja, o risco de desenvolver EM. Dentre os fatores ambientais associados a
etiologia da Esclerose Múltipla, temos a infecção por alguns agentes virais e
bacterianos, como o herpesvírus tipo 6, vírus Epstein-Barr, retrovírus endógeno
humano.
A
imaturidade do sistema imunológico devido a menor exposição a agentes
bacterianos e parasitas durante a infância também é um fator ambiental
fortemente associado ao aparecimento de doenças autoimunes, incluindo a
Esclerose Múltipla. Os baixos níveis sanguíneos de vitamina D, devido a menor
exposição solar, obesidade e o tabagismo também são fatores ambientais ligados
aos riscos da doença.
Dentre
fatores genéticos, os genes em que foram encontrados alguma relação associada
ao surgimento da doença são os ligados ao funcionamento e ativação do sistema
imune inato e adaptativo como HLA, DRB1 e DQB1 entre outros. Existem mais de
100 genes que conferem aumento de risco para EM e cada um isoladamente com
aumento de chances de 1% a 6%, por isso grande variação individual.
AME- AMIGOS MULTIPLUS PELA ESCLEROSE (saiba mais em https://amigosmultiplos.org.br/
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FONTE:
https://www.hosc.med.br/as-cores-de-agosto-o-mes-laranja-e-dourado/
https://amigosmultiplos.org.br/esclerose-multipla/