sexta-feira, 25 de março de 2022

Síndrome de Burnout

 


OMS reconhece a como uma doença ocupacional

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a Síndrome de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, como uma doença ocupacional, isto é, relacionada ao estresse da rotina de trabalho. O termo foi incluído na 11ª versão da Classificação Internacional de Doenças, a CID-11, que passou a vigorar em 1º de janeiro de 2022.

   A Síndrome foi oficializada como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. No texto anterior, ela era considerada ainda como um problema na saúde mental e um quadro psiquiátrico.

   De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o número de solicitações de auxílio doença quintuplicou entre março e abril de 2020. Estes foram os dois meses de evolução do contágio da covid-19 no Brasil. Os dados apontam que entre um mês e outro, os pedidos saltaram de 100 mil para 500 mil.

    “De fato, o número de requerimentos de benefícios previdenciários no INSS de natureza psiquiátrica está entre os primeiros colocados. Os pedidos de auxílio doença e benefícios assistenciais, em decorrência de transtornos mentais, só possuem menor incidência em relação aos de natureza ortopédica”, diz Carla Benedetti, advogada, mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP e associada ao IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário).

    Pesquisa da Microsoft apontou um aumento de 44% de brasileiros com esgotamento profissional. “A Síndrome de Burnout, conseqüência do excesso ou sobrecarga de trabalho, se agravou na pandemia. Nesta condição, a pessoa se sente literalmente exausta, esgotada física e psicologicamente, seja por causa do número de horas trabalhadas, seja pelo estresse provocado pelas condições de trabalho”, explica a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

      O home office, por exemplo, se tornou uma rotina para muitos profissionais. No entanto, nem todos conseguiram se adaptar com a junção do ambiente de trabalho ao de casa. “Pacientes relatam desânimo, dificuldade de raciocínio, ansiedade, irritabilidade, sensação de incapacidade, diminuição da motivação e da criatividade, entre outros sintomas”, conta Dr. Adiel Rios, Mestre em Psiquiatria pela UNIFESP, pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

    A privação do sono também é um forte gatilho para a Síndrome de Burnout. “Quando o profissional não dorme o suficiente para ser produtivo ou trabalha até tarde da noite, prejudica a rotina do sono, desregulando seu relógio biológico. Isso resulta em uma extrema exaustão, pois o organismo, que já está habituado com um determinado padrão de sono, sofre um forte impacto, precisando de tempo e resistência para se adequar às mudanças”, reforça Adiel Rios.

  Uma conseqüência freqüente da Síndrome é o uso de drogas (álcool, tabaco, além das drogas ilícitas) como forma de alívio. “É importante estar alerta a esta situação que agravará ainda mais a condição física e mental do indivíduo. O mesmo pode ser dito da automedicação”, frisa a psiquiatra Danielle H. Admoni.

  Nos casos em que a Síndrome de Burnout já está instalada, recomenda-se buscar auxílio médico especializado para avaliação do quadro e orientação quanto ao tratamento. “Especialmente no caso das pessoas cujas características de personalidade as tornam mais propensas ao Burnout, a psicoterapia é um complemento importante, pois o problema está, muitas vezes, dentro da pessoa, e não tanto em suas condições de trabalho”, avalia Monica Machado, psicóloga pela USP, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.


Quais são os principais sintomas da Síndrome de Burnout?



   A Síndrome de Burnout envolve nervosismosofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas.

   O estresse e a falta de vontade de sair da cama ou de casa, quando constantes, podem indicar o início da doença.  Normalmente esses sintomas surgem de forma leve, mas tendem a piorar com o passar dos dias. Por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo passageiro.

    Para evitar problemas mais sérios e complicações da doença, é fundamental buscar apoio profissional assim que notar qualquer sinal. Pode ser algo passageiro, como pode ser o início da Síndrome de Burnout.

Os principais sinais e sintomas que podem indicar a Síndrome de Burnout são:

  •  Cansaço excessivo, físico e mental
  •   Dor de cabeça freqüente
  •   Alterações no apetite
  •   Insônia
  •  Dificuldades de Concentração
  •  Sentimentos de fracasso e insegurança
  •  Negatividade Constante
  •  Sentimentos de Incompetência
  •  Alterações repentinas de humor
  •  Isolamento
  •  Fadiga
  •  Pressão Alta
  • Dores Musculares
  •   Problemas Gastrointestinais
  •  Alteração nos Batimentos Cardíaco

Como é o diagnóstico da Síndrome de Burnout?



                O diagnóstico da Síndrome de Burnout é feita por profissional especialista após análise clínica do paciente. O psiquiatra e o psicólogo são os profissionais de saúde indicados para identificar o problema e orientar a melhor forma do tratamento, conforme cada caso.

                   Muitas pessoas não buscam ajuda médica por não saberem ou não conseguirem identificar todos os sintomas e, por muitas vezes, acabam negligenciando a situação sem saber que algo mais sério pode estar acontecendo.   Amigos próximos e familiares podem ser bons pilares no início, ajudando a pessoa a reconhecer sinais de que precisa de ajuda. 

                    No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) está apta a oferecer, de forma integral e gratuita, todo tratamento, desde o diagnóstico até o tratamento medicamentoso.     Os Centros de Atenção Psicossocial, um dos serviços que compõe a RAPS, são os locais mais indicados.

Qual é o tratamento para Síndrome de Burnout?

    O tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). O tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso.

Mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilos de vida. A atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem ser rotineiros, para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença. Após diagnóstico médico, é fortemente recomendado que a pessoa tire férias e desenvolva atividades de lazer com pessoas próximas - amigos, familiares, cônjuges etc.

Sinais de piora:  Os sinais de piora do Síndrome de Burnout surgem quando a pessoa não segue o tratamento adequado. Com isso, os sintomas se agravam e incluem perda total da motivação e distúrbios gastrointestinais. 

Nos casos mais graves, a pessoa pode desenvolver uma depressão, que muitas vezes pode ser indicativo de internação para avaliação detalhada e possíveis intervenções médicas.


Como prevenir a Síndrome de Burnout?


A melhor forma de prevenir a Síndrome de Burnout são estratégicas que diminuam o estresse e a pressão no trabalho. Condutas saudáveis evitam o desenvolvimento da doença, assim como ajudam a tratar sinais e sintomas logo no início.


 Os principais formas de prevenir a Síndrome de Burnout são:

  •   Defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal.
  •  Participe de atividades de lazer com amigos e familiares.
  • Faça atividades que "fujam" à rotina diária, como passear, comerem restaurante ou ir ao cinema.
  •  Evite o contato com pessoas "negativas", especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros.
  •   Converse com alguém de confiança sobre o que se esta sentindo.
  • Faça atividades físicas regulares. Pode ser academia, caminhada, corrida, bicicleta, remo, natação etc.
  •  Evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco, ou outras drogas, porque só vai piorar a confusão mental.
  •   Não se automedique nem tome remédios sem prescrição medica.
  • Outra conduta muito recomendada para prevenir a Síndrome de Burnout é descansar adequadamente, com boa noite de sono (pelo menos 8h diárias). É fundamental manter o equilíbrio entre o trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas.

Referencias

- Ecodebate - Cidadania & Meio Ambiente

- Ministério da Saude

 

                                                  

Assistente Social do Setor de Qualidade de Vida

Gabinete de Gestão de Saúde e Programas Assistenciais

TRT 24ª Região.Fone: 3316-1806/3316-1705 Email: assistencia@trt24.jus.br

 

quarta-feira, 16 de março de 2022

Março Azul e Lilás

               


O mês de março é dedicado à prevenção do Câncer de colorretal ou câncer de intestino e Câncer de colo do útero.


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A Campanha Março Azul e o Ministério da Saúde reforçam a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce do câncer colorretal (CCR). A doença, que atinge o intestino grosso ou o reto, é o segundo tipo de tumor mais comum no Brasil, ficando atrás do câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa brasileira de novos casos é de 20,5 mil em homens e 20,4 mil em mulheres, além de cerca de 20 mil óbitos.

Como todo câncer, o colorretal tem tratamento e é frequentemente curável se detectado precocemente. Porém, quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura são reduzidas.

Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver o câncer de colorretal são: idade igual ou acima de 50 anos, obesidade, ingestão de alimentos gordurosos e industrializados. O consumo de alimentos defumados, como salsichas, mortadela, linguiças, presuntos, bacon e a ingestão excessiva de carne vermelha também aumentam o risco do surgimento da doença.

Por isso, é importante a prática da atividade física, a alimentação saudável, principalmente rica em fibras. A nutrição balanceada, além de promover um bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal.

 

Detecção precoce

O diagnóstico pode ser feito por meio de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença.

Fique atento aos sinais e sintomas sugestivos deste câncer, que são: sangramento nas fezes, massa abdominal, dor abdominal, perda de peso e anemia e mudança de hábito intestinal.

Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

Além da detecção precoce, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os países com condições de garantir a confirmação diagnóstica, referência e tratamento, realizem o rastreamento do câncer de colorretal em pessoas acima de 50 anos, por meio do exame de sangue oculto de fezes. Caso o teste seja positivo, a pessoa deverá fazer os exames corretos, que permitirá ao médico visualizar a parte interna do intestino para ver se há câncer ou pólipos, lesões que podem se transformar em câncer. A retirada dos pólipos evita a ocorrência da doença.

Karol Ribeiro
Ministério da Saúde









Como forma de conscientizar a população sobre o tema e ajudar no enfrentamento do câncer de colo do útero, o Ministério da Saúde alerta para o Março Lilás, campanha de prevenção e controle da doença. A ideia é estimular que as mulheres conheçam as principais formas de cuidado e que estejam atentas para sinais e sintomas desse tipo de câncer, que é o terceiro mais frequente entre a população feminina (atrás do câncer de mama e de colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. A iniciativa ocorre no mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, simbolizando a luta por igualdade de direitos.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), instituto federal vinculado ao Ministério da Saúde para promoção de políticas públicas, ações e controle do câncer no país, o Brasil deve registrar 16.710 novos casos de câncer de colo do útero no triênio 2020/2022.

Nesse sentido, o Sistema Único de Saúde (SUS) está presente integralmente em todos os momentos da vida da mulher e tem papel fundamental, desde a prevenção até o tratamento das brasileiras que forem diagnosticadas com esse tipo de câncer. Procedimentos como cirurgia, quimioterapia e radioterapia são oferecidos gratuitamente pela rede pública de saúde.

O tipo de tratamento dependerá do estadiamento (estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos. Se confirmada a presença de lesão precursora, ela poderá ser tratada a nível ambulatorial, por meio de uma eletrocirurgia.

HPV

Também chamado de câncer cervical, o câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV, os chamados de oncogênicos. A infecção genital por esses vírus é muito frequente e na maioria das vezes não causa doença. São sexualmente transmissíveis e podem causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus.

Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo – conhecido também como Papanicolau – e são curáveis na maioria dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo.

O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

Prevenção

A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em todas as Unidades de Saúde da Família, podendo prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais.

Outra forma de evitar a doença é diminuir o risco de contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual, com o uso de preservativos durante a relação. Além disso, o exame preventivo deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces que, se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer.

Gustavo Frasão

Ministério da Saúde

https://blog.drconsulta.com/cancer-do-colo-do-utero-causas-sintomas-e-tratamento/

segunda-feira, 7 de março de 2022

DIA INTERNACIONAL DA MULHER




Nesta terça-feira, 8 de março, o TRT da 24ª Região promoverá dois eventos em homenagem às mulheres.

 

A partir das 14 horas, por meio telepresencial, a Escola Judicial realizará a palestra:

 

"Qual minha inspiração de sucesso? Desafios e Conquistas no Mundo do Trabalho e no Serviço Público da Atualidade"

 

Às 15h30, como parte da comemoração do Dia Internacional da Mulher, será inaugurada a 1ª Exposição Mulheres Inspiradoras do TRT24, que apresentará as fotos de 31 mulheres que fazem parte da Justiça do Trabalho da 24ª Região, sejam elas magistradas, servidoras, terceirizadas ou estagiárias.