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O Brasil ultrapassou a marca de 215 mil mortos pela Covid 19. O número é o segundo maior do mundo. Não existe previsão de fim da pandemia, mesmo com o inicio da vacinação em diversos países.
Quando recebemos uma vacina pela primeira vez, nosso sistema imunológico ativa dois tipos importantes de glóbulos brancos. Em primeiro lugar, as células B do plasma, que se concentram principalmente na produção de anticorpos.
Infelizmente, esse tipo de célula tem vida curta, portanto, embora nosso corpo possa estar repleto de anticorpos em apenas algumas semanas, sem a segunda injeção, há um declínio rápido deles em nosso organismo.
Em segundo lugar, há as células T, cada uma das quais especificamente adaptada para identificar um patógeno específico e matá-lo. Algumas delas, células T de memória, são capazes de permanecer em nosso corpo por décadas até encontrarem seu alvo — o que significa que a imunidade a vacinas ou infecções pode, às vezes, durar a vida toda. Mas, crucialmente, não teremos muitas células desse tipo até recebermos uma segunda dose.
A dose de reforço é uma forma de expor
novamente o corpo aos antígenos — as moléculas dos patógenos que ativam o
sistema imunológico — para iniciar a segunda etapa da resposta.
Na segunda exposição à mesma vacina ou patógeno, as células B remanescentes são capazes de se dividir rapidamente e produzir um contingente ameaçador de cópias, levando a um segundo pico na quantidade de anticorpos circulantes.
A segunda dose também inicia o processo de "maturação das células B", que envolve a seleção das células ainda não maduras (desenvolvidas) com os melhores receptores para a ligação a um determinado patógeno. Neste sentido, as células B não são apenas mais numerosas depois da vacinação de reforço, mas os anticorpos que elas produzem são melhor direcionados.
As células T de memória, por sua vez, também se proliferam rapidamente. Acredita-se que elas desempenharam um papel crítico durante a pandemia atual, protegendo algumas pessoas do desenvolvimento da covid-19 grave.
Segundo os especialistas a imunidade leva tempo para se desenvolver - então, independentemente de uma única dose de qualquer uma das vacinas covid-19 poder fornecer proteção, não estaremos totalmente imunes nas primeiras semanas.
Portanto, embora o lançamento global das novas vacinas seja uma notícia emocionante e deva ser celebrado, parece que a maioria de nós terá que esperar um pouco mais antes de que nossas vidas voltem ao normal.
Por isso, manter o distanciamento e continuar com todas as medidas preventivas é um gesto de responsabilidade individual.
Muitas pessoas ao tomar a primeira dose relaxam os cuidados sanitários e de etiqueta respiratória necessários por acharem que já estão imunes. Isto não pode acontecer. Em resumo, após a primeira dose teremos o início da ativação do sistema imunológico, mas só na segunda dose acontecerá a finalização do processo que é o que dará a efetiva imunização. O processo de imunização pela vacina precisa ser completo e realizado corretamente para eficácia da proteção. Até lá, devemos continuar a:
Evitar locais fechados e
mal ventilados
Usar máscara
Manter o distanciamento
Evitar aglomerações
Lavar as mãos com frequência
* matéria adaptada da seguinte fonte:
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/bbc/2021/01/19/nao-baixar-a-guarda-como-devemos-nos-comportar-apos-1-dose-de-vacina-contra-covid-19.amp.htm