sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

JANEIRO ROXO: MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO E COMBATE À HANSENÍASE




Janeiro Roxo: Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta para importância do diagnóstico e tratamento de hanseníase e para riscos do subdiagnostico

Estigma e dificuldade de acesso são entraves para o diagnóstico


Ainda no século 19, o médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, pesquisador de saúde pública, conseguiu identificar o bacilo causador da hanseníase que, séculos atrás, já carregava preconceito, segregação e era chamada de lepra, em tom pejorativo. Por conta do sobrenome do pesquisador a doença passou a ser chamada hanseníase. Passados quase 150 anos, profissionais da saúde ainda lutam promovendo campanhas de esclarecimento e ações na mídia para desmitificar a hanseníase. A doença não é contagiosa do modo como se defendia no passado, isolando e segregando pessoas. Sua identificação precoce evita danos aos nervos e movimentos, e, desconstruindo mais um mito, a doença está presente em diversas camadas da sociedade e não apenas em locais mais carentes e sem saneamento básico. O problema de saúde é considerado uma doença, gerada pela bactéria Mycobacterium leprae transmitida de uma pessoa com a forma transmissora e sem tratamento. Qualquer indivíduo pode ser acometido. Em algumas fases já instalada no organismo, nota-se alteração ou perda da sensibilidade ao calor e ao frio, dor, fraqueza muscular dos membros e até incapacidade da visão. O Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase é lembrado no último domingo do mês de janeiro. Mas a campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) acaba de ser lançada para alertar a população.


Os médicos destacam que é comum que as pessoas com hanseníase não sintam queimar a pele, mesmo sendo o forte calor do fogo em áreas com manchas no corpo, mãos ou pés, mas podem também sentir uma espécie de pequenos choques e picadas em lesões iniciais. “Por isso é essencial a família também ter atenção, respeitar e ouvir as queixas indo buscar ajuda, além de ler fontes seguras sobre a doença. Hoje o alcance das redes sociais é imenso e por isso falaremos amplamente do assunto em diversos canais", destaca o médico Egon Daxbacher, do Departamento de Hanseníase da SBD. A campanha está no ar em: https://www.sbd.org.br/janeiroroxo/ 


A hanseníase tem um quadro preocupante no Brasil. Em 2019, antes da pandemia da Covid-19, foram notificados, de acordo com o Boletim Epidemiológico sobre a Hanseníase do Ministério da Saúde 27.864 novos casos de Hanseníase, equivalente a 93% de todos os casos da região das Américas 13,7% dos casos globais registrados no ano.

No intervalo dos anos, a chegada da pandemia de Covid-19 segue desafiando os sistemas de saúde público e privado, atrasando e complicando diagnóstico de doenças complexas e especialmente das negligenciadas, caso da hanseníase, tratada há séculos com estigma, o que muitas vezes afasta as pessoas da busca por ajuda. 


Em 2020, foram informados à Organização Mundial da Saúde (OMS) 127.396 casos novos da doença no mundo. Sendo 19.195 (15,1%) na região das Américas, 17.979 notificados no Brasil, ou seja, 93,6% do número de casos novos das Américas. Brasil, Índia e Indonésia reportaram mais de 10.000 casos novos, correspondendo a 74% dos casos novos detectados no ano de 2020. Sendo que o Brasil ocupa o segundo lugar entre as nações com maior número de casos no mundo, atrás apenas da Índia.


O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde publicado este ano sobre a doença trouxe dados preliminares sobre 2021, que apontaram que o Brasil diagnosticou 15.155 casos novos de hanseníase. Queda representativa, se feita a comparação com outros anos, como 2019. Tal situação foi relacionada à pandemia, com fechamento dos serviços e acesso ao diagnóstico. "Esta é uma preocupação nossa. Avançar, orientar, dar acesso ao tratamento, fazer com que as pessoas conheçam os sintomas e se curem, antes de danos maiores como quando a doença alcança os nervos e prejudica os movimentos. Nossa campanha traz esclarecimento de forma clara e educativa", ressalta Daxbacher.



Presidente da SBD reforça a importância do esclarecimento 


"A hanseníase pode estar em qualquer lugar, até mesmo na sua casa, esse é o chamado da campanha que lançamos neste Janeiro Roxo, alertando toda a população. O doente que começa o tratamento, não transmite a doença, nem necessita ser isolado, muito menos estigmatizado. Precisamos informar que a ida até uma unidade básica de saúde ou ao dermatologista em que a pessoa já costuma se consultar, em caso de áreas do corpo com dormência, manchas escuras em tons vermelhos, esbranquiçados ou amarronzados, fazendo a pele perder a sensibilidade, podem indicar a presença da doença, possibilitando o diagnóstico e tratamento nas fases iniciais da mesma", orienta o presidente da SBD, Heitor Gonçalves. O Sistema único de Saúde (SUS) disponibiliza o tratamento da doença gratuitamente.





https://www.sbd.org.br/


 

Sempre em janeiro, no último domingo do mês, é comemorado o Dia Mundial contra a Hanseníase e no dia 31 de janeiro é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, data instituída pela Lei nº 12.135/2.009.





“O alerta fica para que a família também tenha atenção, observe e ouça as queixas indo buscar ajuda, além de ler fontes seguras sobre a doença. O tratamento é gratuito pelo Sistema Único de Saúde”, destaca o médico Egon Daxbacher, do Departamento de Hanseníase da SBD.

“Em 2023, o alcance das redes sociais é imenso e por isso falaremos amplamente do assunto em diversos canais. Detecção precoce da doença corta qualquer tipo de transmissão quando se inicia o tratamento e além disso evita que o problema se agrave, atingindo os nervos e os movimentos do corpo”, completa Egon.





 




ORIENTAÇÕES SOBRE A DOENÇA



                     https://camarasaopedro.sp.gov.br/Arquivos/Noticias/20181011_sesa-mg.jpg



                                            https://www.medicina.ufmg.br/wp-content/uploads/sites/7/2021/01/2-Sintomas-da-Hansen%C3%ADase.png







FONTE:


  www.sbd.org.br/janeiro-roxo

  





 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

 




A campanha Janeiro Branco, em 2023, tem como tema “A Vida pede Equilíbrio”. O mês promove a reflexão e a renovação de ações e pensamentos para o ano que se inicia. O objetivo é alertar para os cuidados com a saúde mental da população, a partir da prevenção das doenças decorrentes do estresse, incluindo os transtornos mentais mais comuns, como depressão, ansiedade e pânico.

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) oferece capacitação junto aos serviços da Atenção Primária à Saúde (APS) dos municípios onde a ação acontece o ano inteiro.

A RAPS atua de acordo com as especificidades de cada município para que os mesmos estejam atentos a importância de promover a saúde mental e prevenir o adoecimento, tendo em vista atender às necessidades dos usuários, a transformação do ambiente e das relações no interior da comunidade.

É o que explica a Gerente da Rede de Atenção Psicossocial da SES, Daianny Garcia do Nascimento, quanto a necessidade de se trabalhar a temática sob o olhar de prevenção, da promoção de janeiro a janeiro e não somente a doença. “Saúde mental não é o adoecimento mental, saúde mental é promoção de qualidade de vida, é você prevenir o adoecimento que é a depressão, a ansiedade ou qualquer outro problema”.

Janeiro é uma espécie de portal entre ciclos que se fecham e se abrem na vida das pessoas. “Vem de um movimento de reflexão do que passou e do que quer fazer. Reflexão do que veio e do que quer para frente. O grande desafio dessa época do ano é lembrar de fazer a saúde mental de outras formas, que não é só, por exemplo, a psicoterapia ou medicação, é poder produzir um estilo de vida que seja mais saudável para a mente e não necessariamente só tratar de sintomas. É lembrar que é uma vida boa que proporciona uma boa saúde mental”, comenta o psicólogo da SES, Everton Stringheta Junior.

Criar o hábito de não acumular muitas funções, realizar a prática de exercício físico, ter uma alimentação saudável e equilibrada, noites de sono regulares e até mesmo ter alguns momentos de ócio ajudam a manter uma boa saúde mental. “O segredo é saber equilibrar todas as áreas para garantir adequadas saúde mental e emocional em sua vida e na vida de todos ao seu redor”, diz Daianny.

As mudanças que ocorrem nesta época do ano também devem ser observadas nas crianças, principalmente, com a ida para uma escola nova, a chegada de novos amigos e professores. “O grande foco do ‘Janeiro Branco’ é a gente buscar essa organização de vida, com qualidade entre família, trabalho, atividade física, lazer, momentos de ócio, desacelerar, saber entender que tudo isso é importante”, finaliza Daianny.




Não existe uma forma única de adoecimento mental nos cidadãos. Por isso, para manter a saúde mental em dia, algumas dicas são valiosas, como praticar atividade física, manter uma alimentação saudável, se hidratar, ter um sono de qualidade, cuidar bem dos relacionamentos, se valorizar, estar em companhia de pessoas otimistas e que te faça sentir bem.

Comportamento autodepreciativo, como insônia ou sono irregular; queda nos níveis de energia; alterações incomuns no apetite, como perda ou excesso; mudanças repentinas de humor, como irritabilidade e tristeza; perda de interesse por atividades antes consideradas interessantes; incapacidade de cumprir suas obrigações de rotina; raciocínio lento e perda de concentração, entre outros, podem ser considerados como um alerta para a saúde mental.

É muito importante que as pessoas que apresentam e percebam os sintomas não esperem por melhora sem a orientação de um profissional de saúde. Nesse caso, deve-se buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde da região onde se reside, a fim de que seja realizado o acompanhamento pelas equipes de Saúde da Família, além dos encaminhamentos, quando necessário, para o atendimento especializado nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

Em caso de surto psiquiátrico, é preciso acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) para ser encaminhado ao atendimento de urgência e emergência mais próximo.


  Por que Janeiro Branco?

Aproveitando a simbologia e cultura, a escolha de janeiro, primeiro mês do ano, deve-se ao fato de as pessoas estarem mais propensas a pensarem em suas vidas, suas relações sociais e também em suas emoções.

E a cor branca representa uma página ou uma tela em branco, onde as pessoas são inspiradas a escreverem suas próprias histórias, um novo começo. Por isso, ‘Janeiro Branco’.

A campanha ‘Janeiro Branco’ é uma forma de construir, fortalecer e disseminar a cultura da saúde mental e emocional. O bem-estar emocional e a qualidade emocional de vida são preciosas em todas as fases da vida, do nascer ao envelhecer. Quem cuida da mente, cuida da vida.




 

Dados

Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), levantada em 2021, Campo Grande aparece como a quarta capital brasileira com mais casos de depressão.

No ranking da depressão, a Capital de MS (com índice 16,1%), aparece atrás apenas de Aracaju (SE); Belém (PA); Belo Horizonte (MG) e Boa Vista (RR), que marcam respectivamente 17,5%, 17,2% e 17,1%.  

Desde 2011 Pesquisas da OMS - com conhecimento e autorização do Governo Federal, através do Ministério da Saúde -, vem mostrando que o Brasil figura entre os 3 países com maior taxa de depressão e ansiedade do mundo.  













Serviços


Núcleo de Saúde e Programas Assistenciais TRT 24ª região

Sede do Tribunal Regional do Trabalho

Rua: Del. Carlos Roberto Bastos de Oliveira, 208 - Jardim Veraneio

3316-1809 / 99654-2852

Atendimento de Segunda à Sexta Feira das 12h às 18h

 

UNIMED - Programa Viver Bem

Oficina Corpo e Mente

Espaço Viver Bem - Atendimento presencial

Endereço: Rua Goiás, 695 - Jardim dos Estados

Telefones: 3389-2421/ 3389-2417

Caps III Aero Rancho
Endereço: Avenida Raquel de Queiroz, s/n – Aero Rancho
Telefones: (67) 3314-6415 / (67) 2020-1899 – Recepção / (67) (67) 2020-1901 / (67) 2020-1902
Horário de Atendimento: segunda à sexta-feira das 07h às 17h

Caps III “Afrodite Dóris Contis”
Endereço: Rua 7 de Setembro, 1.979 – Esquina com Rua Bahia – Jardim dos Estados
Telefones: (67) 2020-1897 – Recepção / (67) 2020-1898
Horário de Atendimento: segunda à sexta-feira das 07h às 17h.

Caps II “Marley Maciel Elias Massulo” – Vila Margarida
Endereço: Avenida Manoel da Costa Lima, 3272 – Bairro Guanandi
Telefones: (67) 3314-3144 / (67) 2020-1895 – Recepção
Horário de atendimento: Atendimento 07:00 hs às 19:00 hs (para acolhimento)

Caps III Vila Almeida
Endereço: Rua Marechal Hermes, 854 – Vila Almeida
Telefone: (67) 2020-1714 – (67) 2020-1715

Caps Infanto-Juvenil III “Dr. Samuel Chaia Jacob”
Endereço: Avenida Manoel da Costa Lima, 3272 (Antigo CRS Guanandy)
Horário de Atendimento: 24 h

Centro de Apoio Psicossocial Pós Trauma
Endereço: Rua Marechal Hermes, 854 – Vila Almeida
Telefones: (67) 2020-7021 / (67) 2020-9963
Horário de Atendimento: 07h às 11h e 13h às 17h

Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III “Fátima M. Medeiros”
Endereço: Rua Teotônio Rosa Pires, 19 – São Bento / Esquina com a Rua José Antônio, duas quadras acima da Av. Fernando Correia.
Telefone: (67) 3314-3756 / (67) 2020-1903 / (67) 2020-1904








Referencias

- Assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde de MS

- janeirobranco.com.br


Núcleo de Saúde e Programas Assistenciais

Setor de Qualidade de Vida

Zeli Rodrigues - Assistente Social

67 3316-1705 / 99654-2852