terça-feira, 23 de janeiro de 2024

"Janeiro Roxo": Mês da conscientização e combate à hanseníase

 



Conscientização sobre hanseníase é reforçada com a campanha “Janeiro Roxo”



Neste janeiro Roxo, o Núcleo de Saúde e Programas Assistenciais do TRT 24  está engajado na  campanha contra Hanseníase, com intuito de sensibilizar, magistrados(as), servidores(as), estagiários(as),  terceirizados(as) e demais colaboradores(as)  sobre a importância de estar atento aos sintomas específicos desta doença que persiste no Brasil. Compreender esses sinais é crucial para assegurar diagnósticos e tratamentos imediatos, reduzindo ao máximo possíveis consequências para a saúde.

Antigamente conhecida como lepra, a hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que é transmitida pelo ar quando estamos em contato com pessoas doentes e sem tratamento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a hanseníase como doença negligenciada, dentre outras 20 doenças, relacionada com problemas socioeconômicos, dificuldade de acesso à saúde e pouco ou nenhum financiamento científico para descoberta de novas drogas e tratamentos.

Hanseníase no Brasil

O Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de casos de hanseníase, ficando atrás apenas da Índia. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2022, foram identificados mais de 17 mil novos casos de hanseníase no Brasil. No ano anterior, em 2021, o número de casos registrados foi de 18 mil, e cerca de 54% % dos pacientes foram classificados com  incapacidade física (deficiência e/ou sequelas visíveis ou funcionais da doença) , indicando lesões graves nos olhos, mãos e pés. Todas as unidades da Federação (UF) apresentaram registros de casos novos de hanseníase, com maior concentração nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Dados preliminares do Ministério da Saúde mostram que entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou ao menos 19.219 novos casos de hanseníase, 5% a mais do que as notificações registradas no mesmo período de 2022.

 

Sintomas comuns

A hanseníase pode apresentar sintomas variados e ser confundida com diversas outras doenças de pele, o que muitas vezes resulta em atraso no diagnóstico, que deve ser feito por um médico competente na área. Outro agravante é que os sinais da doença podem levar muito tempo para aparecer, geralmente entre dois a sete anos e, às vezes, até mais de dez anos. Afeta principalmente a pele, os nervos periféricos (pés e mãos) e os olhos.


No Brasil, há várias regiões com alta incidência da doença e este é o motivo da campanha “Pense, pode ser hanseníase”. Apenas com a suspeita diagnóstica é possível identificar os casos reais e iniciar o tratamento o mais cedo possível! 


Conheça os sintomas mais comuns:

  • Alterações na sensibilidade: Alteração de sensibilidade térmica, dor e tato em áreas de pele afetadas.
  • Mudanças na pele: Diminuição de pelos e do suor, e presença de nódulos também podem ser hanseníase.
  • Manchas: Apresentam-se em diversas cores, incluindo brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas. 
  • Formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas.

É importante considerar a possibilidade de hanseníase ao identificar sintomas. A falta de conhecimento, muitas vezes, leva a diagnósticos tardios, resultando em complicações irreversíveis.  


O que fazer se você suspeitar de hanseníase

Diante de sinais que possam indicar hanseníase, é fundamental agir de maneira rápida e responsável. Aqui estão algumas orientações importantes:


Busque ajuda profissional: Caso apresente sintomas suspeitos, busque um profissional de saúde na unidade básica mais próxima do seu endereço. Consultas regulares, quando possível, também são fundamentais para um diagnóstico precoce. 


Informe sobre seu histórico: Ao consultar um profissional de saúde, informe sobre qualquer alteração na pele, sensibilidade ou sintomas nervosos. Também fale se convive ou já conviveu com pessoas que tiveram a doença. Essas informações são importantes para uma avaliação precisa. Supere o preconceito!


Conscientize-se sobre a Hanseníase: Conhecer os sintomas e estar ciente da possibilidade da doença é o primeiro passo para um diagnóstico precoce. A falta de conhecimento pode levar a atrasos no diagnóstico e complicações evitáveis. lembre-se que o Brasil é o segundo país mais acometido pela doença.


Não espere: Se houver suspeita de hanseníase, não espere os sintomas se agravarem. Quanto mais cedo a doença for identificada, maior a probabilidade de um tratamento bem-sucedido sem sequelas.


Lembre-se: a hanseníase tem cura, e o tratamento está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao tomar medidas rápidas e informadas, você contribui para a sua saúde e para o controle da doença.


 

Com a campanha “Pense, pode ser hanseníase”, o NSPA juntamente com diversos órgãos ligado à saúde que também estão se mobilizando em todo Brasil,  com objetivo de conscientizar a população, incentivando diagnósticos precoces e reforçando seu papel fundamental na construção de um futuro sem hanseníase. Faça parte dessa jornada buscando sempre informações de fontes confiáveis, prestando atenção a qualquer sinal da doença e compartilhando essas informações qualificadas com outras pessoas. 

 


 












Zeli Rodrigues - Assistente Social

Setor de Qualidade de Vida
Núcleo de Saúde e Programas Assistenciais
Telefone: 3316-1705 / 99654-2852

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