Terceira onda da Covid-19 já é
realidade em MS, alerta Secretaria de Saúde.
No sábado e domingo, foram 82 mortes confirmadas pela doença e um caso novo a cada
minuto. O secretário de Saúde, Geraldo Resende, durante evento sobre 1 milhão
de vacinas aplicadas declara que "Já
está presente no Brasil a chamada terceira onda ou que alguns chamam de
recrudescimento das ondas iniciais e mostra que a doença está muito forte. Estamos com 1,6 mil casos por dia no Estado
e internações hospitalares no auge e a
a terceira onda da covid-19 nos alcançou. A nomenclatura, que já vinha sendo questionada sobre quando chegaria às autoridades, hoje é realidade no Estado, depois que o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde anunciou um caso de covid por minuto em Mato Grosso do Sul.
Em entrevista hoje, após a divulgação do boletim das últimas 24h, o secretário reforça que não é que ele queira ser alarmista, mas que Mato Grosso do Sul viverá dias terríveis. "As pessoas estão com práticas que fogem, de longe, da racionalidade. Estão aglomerando, fazendo festa. Tudo o que o vírus gosta. O quadro é aterrorizante, sem querer ser alarmista, mas vamos ter muitas perdas, perdas de pessoas", frisa.
Médico na linha de frente no combate à covid e presidente do Sinmed/MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Marcelo Santana Silveira, também é enfático ao afirmar que a terceira onda já chegou.
"Se trata de uma nomenclatura para a gente entender o que está dentro de um processo viral. Quando as pessoas falam em terceira onda, eu digo que no meu ponto de vista, já estamos nela", explica.
Marcelo Santana descreve que a terceira onda está bem clara até pelo número de casos. "Estamos vivendo uma fase de alto número de pessoas contaminas, que também é um reflexo das festividades de maio", se refere Marcelo às reuniões familiares do domingo de Dia das Mães.
Além das festividades, o médico também
percebe que em todo País as pessoas estão cada vez menos cumprindo o isolamento. Item sempre reforçado como
fundamental para conter a disseminação do coronavírus. "O que a gente precisa é de distanciamento social responsável, que
não significa parar de fazer as suas atividades, mas usar máscara, manter o
distanciamento das pessoas, fazer a higienização de mãos. Assim a gente
consegue manter a vida com responsabilidade, sabendo que continuamos passando
por um período de pandemia", pontua.
Ao contrário do que é pregado há um ano pelos
especialistas, o presidente do Sinmed diz que vê diariamente festas e
aglomerações reunindo pessoas sem qualquer distanciamento ou medidas de
biossegurança.
"Enquanto isso estiver ocorrendo e não tivermos a maior parte da população vacinada, a gente vai ter problema e não vai parar, vamos chegar em outras ondas, na quarta, na quinta", afirma o secretário.
A previsão anunciada pela Secretaria Estadual de Saúde é de imunizar 80% da população do Estado até o mês de setembro. Considerando esta estimativa, o médico enxerga uma luz no fim do túnel que precisa ser vista por todos.
"Acreditamos
que seja possível de acontecer essa imunização de 80% até porque a população do
nosso estado não é tão grande, o que torna mais palpável essa imunização. A
gente pede agora é um pouco mais da paciência das pessoas. Estão vendo os
Estados Unidos? Já tirando a máscara, permitindo aproximações. A gente tem uma
luz no fim do túnel com a vacina, só precisamos ter um pouco mais de calma e
paciência agora",
resume.
Fonte: materia CAMPO GRANDE NEWS, Por Paula Maciulevicius Brasil |
23/05/2021 13:39
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